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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Mairinque - Coral Municipal Pedro Alves de Lima Sobrinho Participa de Encontro Cultural




No último final de semana o Coral Municipal Pedro Alves de Lima Sobrinho, regido pela maestrina Mari Dineri M. Camargo participou do “Canta Brasil 2012 – A Festa Coral Brasileira”, encontro de corais na cidade de Caxambú / MG.
Este é um grande evento realizado anualmente, onde corais de todo país se encontram mostrando um pouco da cultura de cada região.
Foi uma semana de apresentações e workshops que agitou a cidade de Caxambú, com desfile dos corais representando Municípios e Estados de onde vieram e finalizando o evento, todos os corais se apresentaram juntos no parque das águas.
O Coral Municipal Pedro Alves de Lima Sobrinho continua seus ensaios semanalmente na Escola Municipal de Artes - EMART para levar o nome de Mairinque nos futuros encontros e concursos do país.
Notícia Cultural
A partir do mês de setembro o grupo de teatro do professor Lellis da Escola Municipal de Artes – EMART fará apresentações nas escolas da família com a peça “Jorge Mais que Amado”, com início dia 01 de setembro, às 14H00 na Escola do Reneville.
Dia 04 de setembro, às 20H00, na UNIASSELVI, o Coro Vozes da Educação, regido pelo professor Michel Vicentine, é o convidado principal na II Jornada Acadêmica – JOIA organizado pela UNIASSELVI e contará com a palestra “Sentir e Pensar” por Michel Vicentine voltado para universitários e comunidade em geral.
Dia 14 de setembro às 20H00 no CEMEC será realizado o evento “Viola em Casa” em homenagem ao saudoso violeiro senhor Dito Pires. A noite de seresta contará com duplas sertanejas e os alunos de viola caipira da EMART. Você que é um amante das músicas de raiz compareça ao evento e leve toda família!
Encontro de Coros e Festival de Garagem
No mês de outubro, mês de comemoração de aniversário da cidade de Mairinque, acontecerão grandes eventos culturais.
Dia 11 de outubro, às 19H30 no CEMEC, será realizado o Encontro de Coros.
O Encontro, caracterizado como intercâmbio entre os corais adultos participantes, tem finalidade de estimular, desenvolver e aprimorar a prática do canto coral na cidade, com participação de corais da região.
As inscrições serão feitas no período de 03 de setembro a 04 de outubro, de segunda-feira a sexta-feira em horário comercial na Escola Municipal de Artes – EMART, Rua Francisco Assis Pinto de Oliveira, 149 - Centro ou através do e-mail michelvicentine@gmail.com – A/C Professor Michel Vicentine.

Também no mês de outubro, a Praça Kiko e Chico será palco de grandes emoções!
Nos dias 20 e 21 de outubro, a partir das 16H00, acontecerá o 1° Festival de Bandas de Garagem do município e região. As inscrições serão de 03 de setembro a 11 de outubro na Escola Municipal de Artes – EMART, Rua Francisco Assis Pinto de Oliveira, 149 - Centro ou através do e-mail michelvicentine@gmail.com – A/C Professor Michel Vicentine.

Impunidade dos motoristas em SP é tema de documentário


Na noite de 22 de julho de 2011, o diretor financeiro Vitor Gurman, de 24 anos, andava pela calçada da rua Natingui, na Vila Madalena, em São Paulo, quando foi atingido por um jipe Land Rover. O veículo era dirigido pela nutricionista Gabriella Guerrero, de 30 anos. Ela estava acima do limite da velocidade permitida e parecia embriagada. Vitor morreu após seis dias de internação na UTI do Hospital das Clínicas.

A nutricionista, acusada de homicídio doloso (quando há a intenção de matar), segue em liberdade e o caso até hoje não teve desfecho.
Um ano depois, a história de Vitor Gurman será contada no documentário Luto em Luta (ainda sem data para estrear nos cinemas). O filme trará depoimentos de vítimas de acidentes, familiares e imagens de acidentes da tragédia diária no trânsito de São Paulo.
Terá ainda a participação de especialistas em trânsito, médico e psicanalistas que atendem esses tipos de vítimas, jornalistas, juristas e cidadãos comuns.
Outros casos são lembrados, como o de Carolina Cintra Santos, 28 anos, morta depois que um Porshe, a aproximadamente 150 km/h, atingiu o seu carro.
As histórias de Marcia Prado, ciclista atropelada na Avenida Paulista, e Rafael Baltresca, que perdeu a mãe e a irmã em um atropelamento em frente ao Shopping Vila Lobos, são também relatadas no documentário.
Leia também:


O objetivo, segundo os idealizadores, é que o filme estimule o debate consciente sobre o comportamento dos motoristas e que a imprudência deixe de ser tratada como “acidente”. “A ideia é que o documentário provoque alguma coisa e que a pessoa saia da sala de cinema, diferente de como ela entrou”, relata Pedro Serrano, diretor do documentário. “[O objetivo] é a pessoa não esperar ser punida para mudar de atitude. É ela mudar de atitude simplesmente pelo fato de saber que aquilo é errado”, desabafa Heitor Batista Bonadio, amigo de Vitor.
A cada ano, 35 mil pessoas morrem no Brasil em razão da imprudência dos motoristas no trânsito – 1,3 mil, só em São Paulo.

População brasileira chega a 194 milhões, estima IBGE



Brasília – Em 1º julho deste ano, a população brasileira alcançou 193.946.886 de pessoas, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada hoje (31) pelo Diário Oficial da União.
Segundo a projeção, a população cresceu 1,57 milhão (0,81%), em relação a julho de 2011. Pela projeção, o estado de São Paulo é o mais populoso, com 41,9 milhões de pessoas (21,6% do total de habitantes do país).
Depois de São Paulo, Minas Gerais é a unidade da Federação mais populosa (19,8 milhões), seguida do Rio de Janeiro (16,2 milhões), da Bahia (14,1 milhões), do Rio Grande do Sul (10,7 milhões), Paraná (10,5 milhões), de Pernambuco (8,9 milhões) e do Pará (7,7 milhões).
O município de São Paulo continua sendo a cidade mais populosa do Brasil com aproximadamente 11,4 milhões de pessoas (27% dos residentes no estado e 5,86% do total da população brasileira).
A divulgação das estimativas populacionais está prevista em lei, e os dados estatísticos são usados para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos do governo federal, além de servir de parâmetro para a repartição de recursos das políticas públicas e para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.
Conforme resolução do IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da população no próximo ano será modificada. “Deverá incorporar novas informações relacionadas à dinâmica demográfica local e incluir procedimentos metodológicos alternativos, como aqueles que fazem uso de variáveis econômicas, sociais e demográficas em nível municipal”, diz o texto.
Em 2013, o chamado Sistema de Projeções da População do Brasil, será atualizado com as informações do Censo Demográfico 2010, das pesquisas por amostragem mais recentes (Pnad), bem como dos registros administrativos (de cadastros públicos) referentes ao ano de 2010.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Motorista morre após capotar na Castello Branco

Segundo a Polícia Rodoviária, condutor sofreu o acidente ao tentar uma ultrapassagem, no km 81.


Um acidente na rodovia Castello Branco, em Sorocaba, na manhã desta terça-feira (28), deixou uma pessoa morta. De acordo com a Polícia Rodoviária, o motorista trafegava em uma caminhonete, e, ao tentar uma ultrapassagem, bateu na canaleta de escoamento de água e capotou.
Ainda segundo a polícia, o veículo tinha placa de Santa Catarina. Viaturas do resgate foram até o local para socorrer, mas o motorista morreu no local.

Promotoria apura denúncias contra clínica de recuperação


Há indícios, inclusive, de humilhações e castigos físicos sofridos pelos pacientes
Notícia publicada na edição de 28/08/2012 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 8 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

Leandro Nogueira
leandro.nogueira@jcruzeiro.com.br


Cárcere privado, tortura com luvas de boxe e choque elétrico para não deixar marcas. Esta é parte da denúncia que levou o Ministério Público (MP) a iniciar uma investigação no Centro Terapêutico Araçoiaba, uma clínica de recuperação de dependentes químicos que funciona no quilômetro 124 da rodovia Raposo Tavares (SP-270), em Araçoiaba da Serra. Os problemas seriam exclusivos do setor onde permanecem os pacientes em regime de internação compulsória e involuntária. O promotor de Justiça Jorge Alberto de Oliveira Marum instaurou inquérito civil para apurar os indícios de maus-tratos a pacientes, que também incluem castigos físicos; humilhações; falta de atividades sociais, educativas e religiosas; má qualidade da alimentação servida; acomodações sem ventilação, higiene e conservação inadequadas; falta de acompanhamento para tratamento psiquiátrico e psicológico dos casos e privação de contato com familiares.

O Centro Terapêutico Araçoiaba alegou, em nota enviada por sua assessoria de comunicação, que sempre preservou os direitos e os interesses dos seus pacientes, notadamente dos adolescentes, em processo de recuperação. E que dispõe de infraestrutura completa, adequada e equipada, além de um corpo clínico multidisciplinar, composto por profissionais especializados nas diferentes áreas da saúde. Na nota, também consta que a clínica é a principal interessada em esclarecer tais denúncias, que são infundadas. Acrescenta que não não foi notificada, oficialmente, da instauração do inquérito civil, mas tão logo o seja, tomará providências para esclarecer os fatos.

Na portaria de instauração do inquérito, assinada no último dia 24, o promotor informa que, se comprovados, tais fatos correspondem a graves violações dos direitos humanos dos pacientes e das normas de saúde pública. Ele estabeleceu o prazo de 15 dias, após a notificação, para que o Centro Terapêutico Araçoiaba apresente, entre outras informações, os documentos que comprovam a legalidade do funcionamento, dos médicos e todos os outros profissionais que lá atuam, além de cópias dos prontuários médicos e psicológicos de cada paciente. E ainda, se houver casos de internação pagas pelo poder público, indicar os valores diários e mensais do pagamento referente a cada interno.
 
Comissão da OAB 
A Comissão de Direitos Humanos da Subseção em Sorocaba da Ordem dos Advogados do Brasil levou um relatório ao Ministério Público no dia 13 de agosto, informando que constatou no Centro Terapêutico Araçoiaba sérios problemas de habitação, sociológicos para a recuperação dos adolescentes ali internados, e principalmente com relação à segurança e dignidade dos internos, que relatam terem sofrido abusos que podem ser equiparados a torturas, sendo necessária intervenção urgente das autoridades competentes. A clínica ressaltou que não teve acesso ao conteúdo do documento, tampouco a oportunidade de responder as acusações.

Para fazer o relatório, os representantes da OAB visitaram o local em conjunto com a Vara da Infância e Juventude de Sorocaba, profissionais do Judiciário, oficial de Justiça e agente de defensoria. Menores teriam declarado à comissão que eventuais transgressões às regas impostas pela administração eram reprimidas com agressões. Um deles teria confirmado que sofreu choque elétrico, que deixou marcas no braço, mas que já tinham desaparecido. Há também relatos das agressões com luva de boxe, que muitas vezes ocorreriam no próprio quarto. Existiria um quarto pintado na cor rosa para onde os menores seriam levados para sofrerem agressões.

No relatório também é citada a existência de quartos semelhantes a porões, com altura demasiadamente pequena entre o piso e o teto, com a parte de cima da beliche a poucos centímetros da laje, demonstrando insalubridade, escuridão e se tratar de local sem ventilação. As janelas dos quartos estariam sem vidros e no lugar destes, foram colocados madeira, papelão ou cobertor. "Percebe-se assim que não há trabalho de recuperação para os internos, não há atividade pedagógica, não há acompanhamento e atividade escolar e como alguns internos são menores são internos compulsórios, há claro descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente", opinou a Comissão de Direitos Humanos da OAB-Sorocaba ao MP.

São Paulo sofre quarto incêndio em favela em duas semanas


São Paulo sofre quarto incêndio em favela em duas semanasSão Paulo – Mais uma favela em São Paulo pegou fogo na manhã de hoje (28). O incêndio, desta vez, ocorreu na favela da Paixão, no bairro de São Miguel Paulista, zona leste da cidade. Até as 12h30 o fogo ainda não havia sido controlado e já havia destruído pelo menos 30 barracos, de acordo com a Defesa Civil. As causas ainda não são conhecidas.
 
Este é o quarto incêndio em favela em duas semanas na capital paulista. Na última quinta-feira (23) ocorreu um incêndio em uma favela localizada na rua Capitão Pacheco Chaves, na Vila Prudente, entre as zonas sul e leste da capital paulista, que destruiu cerca de 100 barracos e deixou 600 pessoas desabrigadas. 

Antes disso, em 17 de agosto, a favela do Areão pegou fogo e deixou cerca de 280 pessoas desabrigadas. Um dia depois ocorreu um incêndio na Favela Alba, na zona sul, que deixou pelo menos 120 desalojados. A prefeitura não ofereceu abrigo para as vítimas, que tiveram que se hospedar na casa de amigos e parentes.

Em abril, a Câmara Municipal abriu uma CPI para investigar as suspeitas de que os incêndios sejam provocados por pessoas ou grupos interessados em eliminar as casas de madeira para abrir espaço à especulação imobiliária. Passados quase cinco meses, ela realizou apenas duas das seis audiências marcadas, apenas para formalizar a abertura da CPI. A comissão deve encerrar os trabalhos no próximo dia 9, sem sequer ter nomeado relator.

A próxima reunião está marcada para amanhã (29), às 12h, na Câmara Municipal.

Campanhas



Toda campanha começa com um grupo de pessoas em torno de um candidato. Toda campanha carrega a esperança do sucesso.
Para ter sucesso uma campanha precisa conseguir o apoio de um número expressivo de eleitores
Toda campanha somente terá sucesso se conseguir o apoio de um número expressivo de eleitores, que corresponda à maioria dos eleitores (eleição majoritária), ou, pelo menos se aproxime do número fixado como quociente eleitoral (eleição legislativa).
É neste último aspecto que se localiza o problema de cada candidato: como multiplicar os apoios, a partir daquele pequeno grupo inicial, para um número suficiente de eleitores que permita ganhar a eleição.
É claro que me refiro primariamente àqueles que vão disputar uma eleição pela primeira vez. Mas os argumentos valem também para quem já se candidatou e não se elegeu, assim como para aqueles que buscam a reeleição.
Alem disso aplicam-se, com adaptações, sobretudo de escala, no caso tanto de eleições para o legislativo, como para o executivo.
O candidato começa então por reunir um grupo que o apoia e que se dispõe a colaborar na sua campanha. Qual o critério para formar este grupo?
Aqui começam os riscos das decisões tomadas. De fato, desde o momento em que uma pessoa decide concorrer a um cargo eletivo, todas as suas decisões terão seus custos e conseqüências.
Este grupo inicial naturalmente está constituído de pessoas próximas, unidas por vínculos de amizade, ou por um projeto comum, ou também por interesses comuns.
É comum que o candidato e seu grupo decidam buscar o respaldo político e eleitoral na categoria profissional a que pertence, na aparentemente óbvia suposição de que, eleito, será um representante da categoria a defender seus mais caros interesses.
Essa linha de raciocínio estratégico é antecedida do cálculo do numero de membros da categoria, multiplicado pelos familiares, com uma parcela adicional a ser buscada pelos amigos dos colegas. Por exemplo, suponhamos que a categoria tenha 60 mil membros. A primeira pergunta que feita é: Qual o percentual que pode votar no candidato? Neste ponto há várias hipóteses e naturais divergências entre os respectivos defensores.
Há os mais otimistas, e os mais pessimistas, mas acaba se por chegar a um número, digamos, neste exemplo, de 30% dos membros da categoria, o que equivaleria a 18.000 votos.
A discussão sobre esse número é concluída com a frase, usualmente dita pelo candidato: Menos que isso também não! A partir de então já se tem uma base – 18.000. Ora esses 18.000 têm um cônjuge e filhos, assim que cada família tem em média algo em torno de 3 votos. A simples multiplicação já eleva a votação para 54.000 votos, os quais o candidato, num gesto impetuoso de realismo (!?) reduz para 50.000.

Muitas vezes se exagera na base percentual de votos a serem obtidos em uma categoria

Por fim há os votos avulsos, gerados pelos amigos, pela família, pelos vizinhos etc. que podem aumentar mais ainda aquela estimativa.
A cada eleição há um sem número de candidatos que escolhem essa trajetória. Alguns conseguem, mas a maioria fracassa.
Embora logicamente o argumento que a sustenta faça sentido, ele possui algumas falhas graves, que usualmente são desconsiderados.
Este argumento ganha em validade à medida que a categoria está em crise, insatisfeita, impotente para garantir o salário e as condições de trabalho que julga adequados.
Os partidos social democratas, do fim do século XIX e inícios do século XX, conquistaram grandes representações nas câmaras de deputados e assembléias porque os salários eram dramaticamente insuficientes para sustentar uma família, o Estado não mantinha serviços de saúde, educação, e emprego para os trabalhadores, e as condições do trabalho eram absolutamente desumanas.
Portanto, o argumento de que a categoria vai votar para eleger um representante seu faz sentido quando há grande insatisfação com a situação do trabalho, sua remuneração, e as garantias que oferece.
Nessas condições, o eleitor da categoria raciocina como membro da categoria.
Por outro lado, se a situação de vida é satisfatória, o eleitor da categoria tende a votar por outros critérios (partido, ideologia, candidato da região, simpatia, projetos etc).
Não se pode esquecer que cada um de nós é um polo onde incidem vetores, oriundos de todas as dimensões de nossa vida. Somos um feixe de tendências de votos diferentes e, em muitos casos, em oposição.
Sofremos a influência da família, dos amigos, do local onde vivemos, dos nossos princípios, do partido com o qual mais nos identificamos, das associações a que pertencemos, dos jornalistas e autoridades em que confiamos, das escolhas que já fizemos no passado, entre muitos outros vetores.
A identificação com a nossa categoria profissional é, como se vê, apenas mais um daqueles feixes. Se é assim, então porque tantos candidatos apostam no apoio de sua categoria?
Porque não fizeram este raciocínio, e porque é mais fácil e acessível apoiar-se neste grupo e “terceirizar” para ele a busca dos votos. Cuidado então, com a tentação de apoiar-se em sua categoria social ou outra variável acessível e próxima, de onde se busca votos com mais facilidade. Voto nunca é fácil. Conseguir voto dá trabalho. Voto se procura, se busca, se conquista um a um.

Nem sempre sua categoria social é garantia de voto "fácil".

Sobretudo em eleições legislativas, onde há uma grande quantidade de candidatos, eu costumo dizer que fazer campanha é garimpar votos entre eleitores desinteressados.
Não se questiona a correção da decisão de concentrar nos colegas de profissão o núcleo multiplicador inicial da futura campanha.
Um candidato novo precisa se apoiar num grupo que já o conhece, e, a partir dele, ampliar para o eleitorado geral o conhecimento de sua pessoa e de seus projetos.
Embora nossos colegas nos conheçam, em números muito mais expressivos do que a população em geral, não é aconselhável confiar-se demasiadamente na suposição da translação de conhecimento para intenção de voto, pelas seguintes razões:
  • Como regra, somos muito menos conhecidos do que normalmente imaginamos;
  • Para quem disputa pela primeira vez, é importante não esquecer que ser conhecido pela função atualmente desempenhada é manifestamente insuficiente para ter uma campanha competitiva;
  • Dentre aqueles que o conhecem, haverá os que gostam de você, assim como os que não gostam;
  • Mesmo seus colegas precisam de tempo e persuasão para poder vê-lo e aceitá-lo noutra posição, ou mesmo noutra carreira;
  • Ser conhecido é o primeiro e maior desafio de qualquer candidato; é a base indispensável, o desafio inafastável de qualquer candidatura, para depois ser identificado, comparado, e, finalmente, ser lembrado, no dia da eleição, como o candidato escolhido;
  • Como o número de candidatos de cada partido, e o total de candidatos à mesma função é desproporcional à capacidade de qualquer pessoa reter na memória, ser conhecido e, se possível pessoalmente, é o recurso mais valioso e eficiente da sua campanha;
Essas são algumas das principais razões pelas quais o investimento da campanha em tornar o candidato conhecido é decisivo. Reitero que mesmo entre colegas nunca se deve superestimar o seu grau de conhecimento.
A decisão de restringir o público alvo ao segmento profissional do candidato é correta para iniciar a campanha, por ser este grupo o potencial multiplicador inicial. Atente-se entretanto para o fato de que, muito dificilmente uma categoria profissional consegue coesão e força eleitoral suficiente para eleger um deputado. É absolutamente indispensável ampliar o leque de eleitores potenciais.
Fonte: Política Para Políticos


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