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quinta-feira, 19 de abril de 2012

Pacientes do SUS poderão receber transplantes em dois anos



O Ministério da Saúde anunciou, nesta quarta-feira 18, um investimento de 15 milhões de reais em pesquisas e produção de células-tronco em escala comercial. Com esse montante, o governo pretende ampliar a estrutura de pesquisa na área e acelerar o desenvolvimento e o domínio da tecnologia para, então, implementá-la em pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS).
“O Brasil já está entre os países mais avançados do mundo em pesquisas com células-tronco. Com esse investimento poderemos, em dois anos, desenvolver métodos para criar novos vasos sanguíneos e evitar milhares de amputações de membros de pacientes que sofrem de isquemia (obstrução de vasos sanguíneos)”, afirma o médico Paulo Roberto Slud Brofman. “Dentro de cinco ano, conseguremos retardar ou evitar a progressão dos sintomas de pacientes com insuficiência cardíaca”, completa.
Brofman também é coordenador do Núcleo de Tecnologia Celular da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), um dos três laboratórios brasileiros já capacitados para produzir células-tronco em escala comercial. Segundo ele, o laboratório paranaense apenas aguarda a aprovação da Anvisa para produzir células-tronco voltadas para a regeneração de cartilagens em articulações (como joelho, ombro e cotovelos).
Além do centro da PUC-PR, um hospital em Salvador e o centro de pesquisa da USP de Ribeirão Preto também estão aptos a iniciar a produção comercial de células-tronco.
Investimentos
Dos 15 milhões de reais anunciados, 8 milhões são destinados à conclusão dos oito centros nacionais de terapia celular, que fazem parte da Rede Nacional de Terapia Celular, ligada ao Ministério da Saúde. Esses centros estão espalhados por cinco estados brasileiros e divididos em 52 laboratórios. No futuro, espera-se que estes centros sejam os produtores e abastecedores de células-tronco para hospitais públicos e particulares, que hoje, na maioria dos casos, importam material.
“O abastecimento do SUS com células-tronco visa aumentar o uso terapêutico dessas células, que barateiam os custos para o sistema de Saúde e devolvem a qualidade de vida para os pacientes”, diz Brofman. O pesquisador também adianta que já estão em estudo parcerias com o setor privado para o transporte e distribuição das células para outras regiões do País. “Esse material exige um cuidado semelhante ao transporte de material genético dos cordões umbilicais e os centros não tem capacidade para fazê-lo”, argumenta. “Por isso, buscamos parcerias com o setor privado para completar o ciclo com o transporte e a distribuição.”
Os 7 milhões de reais restantes serão aplicados em pesquisas que podem auxiliar na recuperação do coração, no movimento das articulações e no tratamento de esclerose múltipla.

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